Um pouco de história não faz mal pra ninguém
Semitas, seguidores de Sem
Tudo o que foi dito no parágrafo anterior pode ser questionado por qualquer pessoa. Até porque estes são dizeres bíblicos e estas foram às impressões deste jornalista que vos escreve. Mas quem tiver interesse em compreender melhor quem foi Noé e seus filhos leia Gênesis – primeiro capítulo da Bíblia - ou converse com algum leitor do livro sagrado dos cristãos. Mas as opiniões são as mais variadas, é só observar o tanto de igreja que existe por aí.
Os Patriarcas de Israel
Vivendo sobre constante conflito na Mesopotâmia, os hebreus se apegam ao profeta Abraão que recebe um sinal divino para rumarem à terra de Canaã. Após vários contatos com Javé, Abraão fortaleceu seu povo em torno do monoteísmo que o provinha e solidificou os hebreus que, por acreditar que a terra são deles por direito divino adquirido, criaram o atual estado de Israel.
Mas para chegar onde estão hoje os judeus foram escravizados no Egito, tiveram seu principal templo destruído pelos romanos, sobrando somente o Muro das Lamentações. Foram obrigados a saírem em varias diásporas a mundo afora e com a negação a Jesus Cristo, principal profeta cristão, sofreram com o anti-semitismo em toda a Europa, desde a adoção, por parte de Roma, do cristianismo. No feudalismo se tornaram novos cristãos, proibidos de praticarem sua cultura e o ápice do ataque foi com o holocausto na Segunda Guerra Mundial que fortaleceu o movimento conhecido como sionismo a fundarem o Estado de Israel.
O movimento nacionalista judaico
No século XIX a maior parte dos judeus se encontrava nos países da Europa oriental. Com o crescente nacionalismo na região, motivado pela unificação italiana e alemã o “povo eleito” entrou no clima e começou a se unir em torno da causa judaica. Em 1897 o Sionismo surge com o ideal de recriar uma nação judaica livre de perseguições e com garantias públicas e legais, aceita internacionalmente.
O jornalista e escritor Theodor Herzl formou o movimento que teve seu primeiro encontro na Basiléia, Suíça, reunindo 197 representantes de 17 países para escolher um local onde o povo sem pátria e espalhado por todo o mundo pudesse se juntar em uma nação. A idéia de se instalar na Palestina não era unanimidade, pois muitos preferiram ir para a América e outros viam outras regiões – Argentina, Chipre e Congo – como melhores instalações.
Contudo a idéia de voltarem para a terra prometida foi comprada por grandes capitalistas que começaram a financiar a aquisição de faixas de terra na Palestina, apoiados, entre outros, por jovens de esquerda, e formarem os Kibutzim (comunidades agrícolas). O sionismo, dentro dos organismos internacionais garantiu grandes vitórias, o que ocasionou em 14 de maio de 1948 na criação oficial do Estado de Israel pela Organização das Nações Unidas, ONU.
David Bem-Gurion, o primeiro chefe de governo, estrategista que segurou todas as ofensivas árabes e ainda conquistou territórios, o rabino Fishman, que apoiou todas as ofensivas israelenses contra os árabes, o filosofo Aharon David Gordon, que construiu um discurso de estado e serviu de exemplo virando agricultor
O comprometido Einstein
“Fiquei profundamente comovido pela oferta que me foi feita em nome de nosso estado, Israel, mas também triste e perturbado, pois me é impossível aceitar essa proposta...” esse é o inicio da carta feita pelo cientista Albert Einstein onde rejeita o convite de ser presidente do estado de Israel após a morte de Warren Harding em 1952.
O cientista viveu o difícil momento que passava o povo judeu espalhado por toda a Europa. O mesmo disse ter “chorado lágrimas de sangue” ao ver tanto sofrimento e preconceito contra seu povo. Com o holocausto renegou de vez a pátria de origem - Alemanha – nunca mais indo até o país. Einstein não queria ver somente uma demonstração a mais de nacionalismo, mas após se envolver com os sionistas abraçou a causa.
Apoiou a formação da primeira universidade hebraica e por ela viajou para os EUA na busca de recursos que pudesse financiar a edificação. Foi recebido como muito fervor (o motivo: seus conhecimentos sobre o uso nuclear, mas não contem para ninguém). Já em visita a Israel deslumbrou o renascimento da alma judaica. Se preocupou com o crescente conflito com os árabes, vendo erros dentro do próprio estado judaico, sem aprovar o nacionalismo defendido por burocratas e intelectuais irmãos.
Esse texto não é uma defesa ao Estado Judeu e sim história.
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